O Mafioso Que Sobreviveu a 12 Tiros Por Ser Gordo - O Tony Gordo da Vida Real

Peter Chiodo nasceu em Bensonhurst, Brooklyn, em 1950. Existem poucos registros e informações sobre a sua infância — até mesmo a data exata do seu nascimento é desconhecida. O que se sabe é que ele cresceu em um viveiro da máfia, e em 1970 a sua história criminal teve início, quando ele foi preso pela primeira vez.

No final dos anos 1970, Chiodo era um membro não oficial da família Lucchese — ele seria introduzido oficialmente em 1987. Esse contato com o crime organizado fez com que ele se aproximasse de Anthony “Gaspipe” Casso. Ele era um mafioso em ascensão que impactaria sua vida nos próximos anos e daria início aos anos mais sangrentos da família Lucchese.

Peter Chiodo foi o responsável por supervisionar as atividades de extorsão trabalhista e ajudou a forçar empresas legítimas a sair do mercado por meio de intimidação e ameaças de violência. Com o controle de um projeto tão grande, a família Lucchese se tornou uma das mais influentes de Nova York.

A situação da família Lucchese começou a mudar no final da década de 1980. Anthony “Gaspipe” Casso iniciou uma campanha assassina, eliminando qualquer um que ele suspeitasse de deslealdade. Ele ordenou que os membros de outras famílias envolvidas nas substituições das janelas fossem eliminados, temendo que eles pudessem se tornar testemunhas da polícia, o que de fato aconteceu.

Em 1990 Chiodo,  já era conhecido como Pete Gordo devido aos seus 180 kg e vários outros foram indiciados por 14 acusações federais de extorsão no caso das janelas. Percebendo que provavelmente morreria na prisão se condenado no julgamento, Chiodo se declarou culpado em dezembro de 1990. Ele havia cometido o pecado imperdoável da máfia: não pedir primeiro a permissão dos chefes. 

Assim, Casso ordenou que Chiodo fosse morto, dando o contrato ao chefe interino Al D'Arco. Ele descobriu que Chiodo estava deixando a cidade como medida protetiva até a data de sua sentença e planejou o assassinato no dia que Pete Gordo planejava levar seu carro à oficina.

No dia 8 de maio de 1991, Chiodo chegou ao local, desceu do carro e levantou o capô. Nesse mesmo instante, dois atiradores apareceram do nada e abriram fogo, mas uma das armas falhou, dando a Chiodo tempo suficiente para tentar se esconder. 12 tiros atingiram Chiodo em seus braços, pernas e tronco. Aproximando-se de Chiodo no chão, a arma do segundo atirador emperrou e os assassinos partiram, presumindo que Chiodo deveria estar morto. 

Pete Gordo sobreviveu e, sabendo que não havia outra opção, decidiu cooperar com a polícia — sua família entrou rapidamente no programa de proteção a testemunhas. Em setembro de 1991, Chiodo entrou no tribunal e testemunhou no julgamento das janelas contra membros de diversas famílias de Nova York. Ele foi questionado no depoimento sobre o que o motivou. ele respondeu, “Fui baleado 12 vezes”. 

Peter Chiodo morreu em janeiro de 2016 de causas naturais, aos 65 anos.

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